Fumantes e cirurgia plástica: é preciso interromper o hábito?

Cada caso deve ser analisado individualmente entre médico e paciente. Limpar o organismo da nicotina contribui para que os resultados sejam satisfatórios, acelerando a recuperação e prevenindo o surgimento de problemas após a operação. Essa medida é necessária porque o cigarro interfere no sistema vascular, comprometendo a irrigação sanguínea dos tecidos e a absorção dos líquidos da área que sofreu o procedimento. Consequentemente, afeta o processo de cicatrização: hematomas permanecem por mais tempo, pontos podem se abrir, cortes cirúrgicos se tornam um risco e os inchaços são aparentes. O médico provavelmente irá prescrever medicamentos que não seriam necessários caso o hábito fosse interrompido com maior antecedência. 

Com uma simples interrupção temporária do fumo (cerca de 1 mês antes e depois do procedimento), a chance de ocorrerem complicações se reduz até 41%, o que deve servir para encorajar os pacientes. Claro que os sacrifícios são grandes aos fumantes de longa data, mas essa informação pode entusiasmar os mais resistentes. Na hora de marcar uma avaliação, é importante conversar detalhadamente com o profissional, para que todas as recomendações necessárias sejam prescritas. Não abandone a vontade de melhorar a autoestima e a qualidade de vida por causa do tabagismo: aproveite essa decisão e mude os hábitos que afetam a sua saúde.